terça-feira, 13 de abril de 2010

Terror e ditadura


Comunismo, Nazismo, Fascismo, Integralismo e Positivismo são ideologias semelhantes quanto a pedirem um Estado forte, terem uma receita racional ou científica para o desenvolvimento, dependerem ou esperarem por uma guerra ou revolução para domínio mundial, e terem origem em minorias fanáticas extremamente ativas. Essas ideologias (pessoalmente e para meu uso, eu defino "ideologia" como uma tese sociopolítica em adequação a um conceito peculiar de natureza humana), na ordem em que estão citadas, decrescem em sua virulência, embora, sob objetos diferentes, a agressividade do comunismo e do nazismo se equivalham. Um movimento forte pede outro igualmente forte ou que lhe seja superior, para que seja contido; resulta que ditaduras podem nascer como antíteses umas às outras. O nazismo surgiu em oposição ao comunismo e a ditadura de Vargas, no Brasil, e também o governo militar na década de sessenta e setenta surgiram em oposição aos progressivamente fortalecidos integralismo e comunismo. O comunismo difere das outras ideologias citadas porque pressupõe uma terra arrasada sobre a qual edificará um novo regime e um novo Estado, enquanto as que a ele se opõem, ao contrário e obviamente, adotam valores como tradição, família, propriedade e, no caso do nazismo, a raça.

Por que os alemães escolheram o nazismo ?


Em boa parte parece claro que muitos alemães votavam no nazismo por descrédito nas democracias, por questões políticas locais ou ainda por acreditarem nas propostas nazistas (que, diga-se de passagem, faziam parte da tradição alemã). Mas de um ponto de vista abrangente, colaborou a “fantástica” máquina de propaganda nazista. O aparato cenográfico montado impressionava a população e rapidamente os nazistas cooptaram a fúria, o desejo de vingança pela humilhação que o povo alemão passou na guerra anterior, restava um povo empobrecido e humilhado pela derrota e pela crise. Portanto não foi difícil imaginar porque os alemães não questionaram as intenções de Hitler. Os conceitos do programa Nazistas de virilidade, sangue e raça substituíram as promessas de mais empregos ou de justiça social dos partidos socialistas. Hitler não prometia a igualdade entre os indivíduos, mas a superioridade um povo de senhores, os alemães, diante de seus servos, o resto da humanidade. Pode-se imaginar o efeito devastador e multiplicador destas propostas a uma população humilhada e desesperançosa. Foi esta habilidade de manipula as emoções e os desejos das pessoas que deu popularidade à mensagem de “Her” Hitler.

República Weimar


Em 1933, a república de Weimar deu lugar ao Terceiro Reich e, no final do mesmo ano, o sistema de partido único havia-se tornado a forma de governo oficial. Os opositores políticos desapareceram, quer assassinados quer enviados para campos de concentração. Tendo, de um modo geral, eliminado a oposição por toda a Alemanha, Hitler concentrou a sua atenção nos últimos redutos de dissensão dentro do seu próprio partido. Durante a Noite dos Facas Longas, a 30 de Junho de 1934, mais de 100 figuras nazis importantes foram assassinadas, entre os quais Gregor Strasser, Röhm, Kurt von Schleicher e a sua mulher. Todo o poder passava agora pelo executivo nacional-socialista, o que, na prática, significava através do próprio Hitler. Quando em Agosto de 1934 Hindenburg morreu, Hitler foi declarado o seu sucessor, declinando o título de Reichspräsident (Presidente do Reich) a favor dos de Fuhrer (líder) e Kanzler (chanceler).

Hitler e o terceiro reinado


Em 1933, a república de Weimar deu lugar ao Terceiro Reich e, no final do mesmo ano, o sistema de partido único havia-se tornado a forma de governo oficial. Os opositores políticos desapareceram, quer assassinados quer enviados para campos de concentração. Tendo, de um modo geral, eliminado a oposição por toda a Alemanha, Hitler concentrou a sua atenção nos últimos redutos de dissensão dentro do seu próprio partido. Durante a Noite dos Facas Longas, a 30 de Junho de 1934, mais de 100 figuras nazis importantes foram assassinadas, entre os quais Gregor Strasser, Röhm, Kurt von Schleicher e a sua mulher. Todo o poder passava agora pelo executivo nacional-socialista, o que, na prática, significava através do próprio Hitler. Quando em Agosto de 1934 Hindenburg morreu, Hitler foi declarado o seu sucessor, declinando o título de Reichspräsident (Presidente do Reich) a favor dos de Fuhrer (líder) e Kanzler (chanceler).

A quebra da bolsa e suas consequencias

A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.

A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram. A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.

Razao da decadencia

Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.


- Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

- Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).

Razao da propriedade

Após a Primeira Guerra Mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão….

Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos. A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.

Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez. De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.

periodo entre guerras, crise de 29...

O dramático período entre guerras


Os enormes avanços científicos, econômicos, tecnológicos e culturais que marcaram o século XIX trouxeram a sensação de prosperidade e paz.Os europeus, alheios às guerras e à violência da exploração
imperialista cujos ônus recaiam sobre os povos africanos e asiáticos, tidos como inferiores, viviam um clima de deslumbramento que mais tarde foi chamado de “Belle Époque”.Enquanto isso, os governantes
das potências imperialistas evitavam os choques diretos com suas concorrentes, mas preparavam-se para a guerra: era a Paz Armada e a Política de Alianças, tudo feito à revelia dos povos.Em verdade, a Europa tornou-se um imenso paiol de pólvora, faltava acender o estopim.Em 1914, o Arquiduque Francisco Ferdinando, de Habsburgo, herdeiro do trono Austro-húngaro foi assassinado em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina. O autor do atentado foi o jovem sérvio Gravilo Princip, membro de uma sociedade secreta ultranacionalista sérvia. Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia. Rússia, amiga da Sérvia, declara guerra à Áustria. Alemanha,aliada da Áustria, declara guerra à Rússia.Inglaterra e França, parceiras da Rússia na Tríplice Entente, declaram guerra à Alemanha e à Áustria-Hungria. Resultado: está armada uma enorme guerra em toda a Europa que duraria até 1918. No início pensava-se encerrá-la em poucos meses, depois... mostrou-se um bom negócio e aí era melhor estendê-la. Da “guerra de movimentos”, passou-se à “guerra de trincheiras” (ou de posições). No mar, apesar dos submarinos, não houve vitória de nenhum lado, no ar, a guerra àquela altura foi quase um esporte. Era em terra, nos buracos, nas trincheiras que se morria aos milhões. Somente a entrada dos Estados Unidos, de um lado, e a saída da Rússia, por efeito da Revolução Bolchevique, levaram a uma definição final do conflito. Assinou-se, por fim, em 1918 o Tratado de Versalhes, humilhante para os alemães, que afinal não haviam perdido a guerra. Estava preparado o clima
para uma nova guerra, embora essa tivesse levado a tão imensos sacrifícios sob o argumento de que seria uma “guerra para acabar com todas as guerras”. Bom, e essa catástrofe mudou muita coisa no mundo: três impérios se desfizeram, o Turco-otomano, o Áustro-Húngaro e o Russo.Esse último foi o caso mais grave.



A Crise



A Crise de 1929 estourou nos Estados Unidos com o crack da bolsa de Nova York e depois assolou praticamente todo o mundo ocidental numa crise econômica considerada como a maior desde o advento da Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII, ocorrida na Inglaterra. A historiografia acerca do tema divide-se basicamente em duas vertentes que procuram explicar, cada um a sua maneira, os fatores desencadeadores desta crise econômica nos Estados Unidos e sua repercussão mundial. A primeira seria a linha marxista e a segunda a linha liberal. Ressalta-se que a explicação liberal encontra dois caminhos distintos: uma vertente segue o caminho de explicação da Crise de 1929 como uma crise agrária e outra como uma crise financeira.

A corrente marxista entende que a Crise de 1929 só foi possível devido à superexploração do mercado consumidor. Ou seja, o mercado consumidor foi tão explorado, com baixos salários e instabilidade no emprego, que chegou um momento que seu poder de compra não foi suficiente para suprir a demanda. A concentração de renda chegou a um ponto insuportável.

A corrente dos liberais entende que a crise econômica dos Estados Unidos tornou-se mundial na medida em que este país era um dos principais compradores e financiadores mundiais. No entanto, para uns a crise nos EUA iniciou-se em meados de 1925, com uma crise de superprodução agrária. Esta linha irá argumentar que o aumento da produtividade agrária norte-americana, para suprir os países mergulhados na Primeira Guerra Mundial (1914-1919), estimulou o setor financeiro. Terminada esta guerra a produção norte-americana se mantém, mas os países europeus iniciam uma recuperação e já não compram a mesma quantidade que obtinham durante a Primeira Guerra. Esta situação gerou a superprodução. Com isso, o setor agrário não pôde pagar os empréstimos tomados no setor financeiro, o que arrastou este último para a crise – desembocada na Bolsa de Valores.Para outros, da mesma corrente dos liberais, o que ocorreu foi uma crise financeira. Esta linha desenvolve a idéia de que o setor financeiro, na ocasião da Primeira Guerra Mundial, retirou os investimentos que havia na Europa e, com receio de perder capitais, o investiram em massa nos Estados Unidos, sobretudo na Bolsa de Valores. Com o fim desta guerra, estes investidores se apressaram em retirar seus capitais na Bolsa de Valores para investir novamente na Europa. Esta situação provocou um verdadeiro colapso no sistema financeiro norte-americano e, em seguida, como conseqüência das inter-relações do sistema capitalista, mundial.

Expostas as três formas de se olhar o colapso econômico norte-americano e, a reboque, mundial, iremos analisar os pontos principais desta chamada Crise de 1929.As crises econômicas são vistas de forma diferente conforme o referencial teórico. Para os marxistas, as depressões econômicas evidenciavam que o sistema capitalista chegaria a um estágio em que tais crises o ruiriam, demonstrando suas contradições, a ponto de o fazer desmoronar enquanto sistema. No entanto, para o liberalismo clássico, fundamentado por Adam Smith e Davi Ricardo, tais crises eram "normais" e até bem vindas, pois mostravam o poder de transformação que o capitalismo possuía. Nestas crises econômicas, os menos preparados caíam. Sobravam, contudo, os mais capacitados.

O contexto histórico em que se passa a Crise de 1929 evidencia que esta, no entanto, não pode ser considerada uma crise comum, "normal". Os países recém saídos da Primeira Guerra Mundial não conseguem retomar as cifras econômicas anteriores a guerra. Além disso, o capitalismo havia avançado nos grandes países industrializados. Esta situação provocou uma inter-relação entre estes países capitalistas considerados "centrais". Por outro lado, os países periféricos, como os da América Latina, sobreviviam basicamente das exportações a estes países mais desenvolvidos economicamente. Esta rede de dependências mútuas fez com que uma crise econômica norte-americana tornasse proporções mundiais. Somente a União Soviética não foi afetada com tal crise, exatamente porque ela não fazia parte desta rede de relações capitalistas, pois neste país havia um Estado Socialista.

Outros aspectos são indicados para se compreender a Crise de 1929. O Tratado de Versalhes, elaborado após a Primeira Guerra Mundial, impôs à Alemanha o pagamento de indenizações por ser considerada a "culpada" pela guerra. A crise econômica que se instalou na Alemanha com estas imposições, dentre outras, provocou um clima de instabilidade na Europa, uma vez que a este país era uma das principais economias neste momento.

A crise de desemprego que assolou o mundo após a Primeira guerra mundial nos ajuda a entender a perspectiva marxista de que havia um subconsumo. Além do desemprego, os baixos salários (que podem ser conseqüência deste quadro) e a falta de estabilidade no emprego e numa futura aposentadoria levavam à um grande queda de consumo. Outro aspecto ímpar da Crise de 1929 é seu caráter universal, pois afetou todos os setores da economia e todas as camadas da sociedade. Os países capitalistas centrais diminuem drasticamente suas importações, ocasionando crises terríveis nos países exportadores. A falta de créditos no mercado piora ainda mais este quadro.

Um acontecimento de tal amplitude não poderia deixar de repercutir na política dos países afetados. O liberalismo clássico entrou em crise. Os países atingidos trataram de intervir na economia para tentar salvar o que restara. O exemplo mais conhecido é o New Deal, nos Estados Unidos, posta à frente por seu presidente Franklin D. Roosevelt (1933-45). Um economista defendeu a idéia de que a crise era um problema de má distribuição da riqueza. Segundo John Maynard Keynes (1883-1946), os governos deveriam garantir que as camadas populares possuíssem meios de sobrevivência e consumo, para garantir o desenvolvimento do sistema capitalista. Além disso, as idéiasdeste teórico britânico foram bem aceitas pelos governos devido ao seu aspecto político-social. Ou seja, desenvolvendo medidas de proteção ao trabalhador (salário-mínimo e seguro-desemprego, por exemplo) estes governos impediam, conseqüentemente, a eclosão de revoltas em massa decorrente da caótica situação econômica.

Outro aspecto político discutido é em relação aos regimes fascistas. Alguns estudiosos afirmam que a crise econômica foi a grande responsável pela ascensão destes regimes totalitários. Argumenta-se que nos momentos de crise econômica, o surgimento de idéias autoritárias ganha força, ainda mais num colapso das proporções da ocorrida em 1929. No entanto, como bem mostra o historiador Eric Hobsbawn, as origens da ideologia fascista remonta à um outro quadro. Seguindo a linha de raciocínio estabelecida por este estudioso, aascensão do fascismo após a Primeira Guerra Mundial foi uma resposta ao perigo real da eclosão das massas trabalhadoras, e à Revolução Russa (a de Outubro de 1917, onde se levantou uma opção ao sistema liberal capitalista vigente). Por fim, existe uma outra vertente para o surgimento dos regimes fascistas. Este seria um modelo político erguido num momento específico de "vazio hegemônico". Ou seja, na década de 1920 e 1930, não haveria um segmento da sociedade com condições de estabelecer a hegemonia de seu projeto político. Neste momento, então, surge a figura de um líder que "toma pra si" a responsabilidade política de desenvolver a nação. Estas são, grosso modo, as linhas gerais que introduzem a discussão acerca do fascismo. Mas isso será objeto futuro. Quanto à Crise de 1929, esperamos ter abordado seus aspectos mais importantes.

New Deal(novo Acordo)

Para solucionar o problema, modificações na política econômica tiveram que serem feitas em vários países visando combater os efeitos da crise. Nos EUA, quando o novo presidente, Franklin Delano Roosevelt, foi eleito em 1932, pelo partido democrata as medidas começaram a surtir efeito.Com uma série de reformas antiliberais, com intensa intervenção do estado na economia, a situação foi se modificando. Esse conjunto de reformas foi denominado de "New Deal" (Nova Organização ou Novo Acordo) e se baseava nas proposta do economista inglês John Maynard Keynes.

Mencheviques, bolcheviques, DUMA e soviets

DUMA



As pressões sobre o governo imperial czarista levou-o a promulgar o "Manifesto de Outubro" em 1905, no qual fazia promessa liberais, tentando acalmar a oposição ao seu governo. Dentre essas promessas, além de transformar seu governo numa monarquia constitucional, o czar prometia a adoção da DUMA, ou seja, uma Assembléia Nacional Parlamentar com a finalidade de exercer um poder de caráter legislativo. Seria eleita com base na afiliação político partidária e estendida a todos os partidos, incluindo os revolucionários mais radicais.


A primeira Duma foi eleita em março de 1906. Mais de 40 partidos e grupos políticos estavam representados com predomínio dos "kadets". Quando começou seus trabalhos, mostrou-se demasiado liberal para a administração czarista, levando o governo a dissolve-la;

A segunda Duma se reuniu em março de 1907. Era uma Duma hostil ao governo imperial e dela
fazia parte Lenine e os bolcheviques e por isso foi dissolvida mais depressa que a primeira.
O governo fez algumas mudanças no processo eleitoral para escolha dos representantes da
Duma de forma a favorecer os partidos mais conservadores.

A terceira Duma, beneficiada pelas mudanças do processo de eleição, possuía em suas fileiras
uma maioria de representantes da direita conservadora e cumpriu, integralmente, seu mandato
de cinco anos. Apesar do seu aspecto conservador, essa Duma introduziu muitas reformas;
concedeu direitos civis ao camponeses ao introduzir a justiça local e expandir o sistema educacional;

A Quarta Duma, mais conservadora que a anterior, teve que contornar problemas diversos
com o início das revoluções da década de 20 e outros relacionados com a 1ª Guerra Mundial;

Menchevique incluia socialistas de vários tons e que acreditavam numa evolução natural da sociedade até ao socialismo. Estes intelectuais socialistas agiam instintivamente de acordo com as classes abastadas de quem haviam recebido a primeira instrução.


Bolchevique que para dar mais ênfase à sua separação ao socialismo moderado e parlamentar passaram a chamar-se Partido Comunista. Era o partido dos desejos dos operários fabris e dos camponeses pobres.



SOVIETES E BOLCHEVIQUES

Os sovietes continuaram a funcionar, o governo provisório tornava-se cada vez mais impopular.
A timidez da política social do novo governo propiciou o avanço dos bolcheviques. Nesse quadro,
a liderança de Lênin cresce. O líder bolchevista prega a saída da Rússia da guerra, o
fortalecimento dos sovietes e o confisco das grandes propriedades rurais, com a distribuição de
terra aos camponeses afirmando que s eu governo traria pão, paz e terra ao povo.

Os bolcheviques tornaram-se mais numerosos, chegando a 80 mil militantes. Lenin pregava:
"Todo o poder aos sovietes". Sua meta era a adoção da ditadura do proletariado para realizar a revolução socialista na Rússia e alcançar a paz. Várias sublevações e protestos atingiram as principais cidades russas.
Os bolcheviques ingressam em massa nos sovietes e Trotsky é eleito presidente do soviete de Petrogrado. A Guarda Vermelha, uma milícia popular, foi criada nas fábricas para ser o braço armado dos bolcheviques. Lênin entra clandestinamente na Rússia e convence o comando bolchevique a encampar a idéia de revolução.


 Lênin, Trotsky e Stalin

Lênin, o fundador do primeiro Estado socialista, morre em 1924 e sua morte deu a uma violenta luta pelo poder entre Trotsky e Stalin.
Os dois, marxistas, tinham concepções diferentes de política e revolução. Para Trotsky, o sucesso do socialismo na URSS depende da vitória de revoluções operárias nos países vizinhos. Defendia, portanto, a revolução mundial permanente. Stálin, ao contrário, defendia a construção do socialismo apenas na URSS, deixando de lado a tese da revolução mundial até conseguir a industrialização do país, com a União Soviética em pé de igualdade com as nações capitalistas.Trótsky é um intelectual de formação sofisticada, viajado, criador do Exército Vermelho e respeitado teórico Marxista. Stálin é um revolucionário sem sofisticação, que soube construir uma máquina política dentro do partido. É duro e brutal, como demonstra nos anos posteriores.Stálin derrota Trótsky, que é destituído de suas funções, expulso do partido em 1927 é
deportado da União Soviética em 1929. Tempos depois, em 1940 é assassinado no México a mando de Stálin.




NEP

A má vontade da antiga camada dominante; os camponeses que demonstravam resistência em entregar sua produção ao governo; os trabalhadores e soldados desanimados diante das dificuldades a população descontente com os problemas de produção e abastecimento, os operários insurgindo contra o governo e outras rebeliões internas, fizeram com que Lenin, em 1921, com a Revolução consolidada, instituísse a NEP (Nova Política Econômica), uma volta ao capitalismo de Estado, como solução para vencer o impasse econômico. E diz a famosa frase: 'É preciso dar dois passos para trás para depois voltar a avançar'.O objetivo é planejar a economia e a sociedade. Logo é permitida a criação de empresas privadas, como a manufatura e o comércio em pequena escala.A liberdade salarial e a de comércio exterior são retomadas sob a supervisão do Estado.Os camponeses são obrigados a pagar taxas, em espécie, e são autorizados os empréstimos externos, como os negociados com a Inglaterra e a Alemanha.
A Revolução de Fevereiro de 1917


A Revolução de Fevereiro de 1917 inaugurou a primeira fase da Revolução Russa de 1917. Seu resultado imediato foi a abdicação do Czar Nicolau II. Ela ocorreu como resultado da insatisfação popular com a autocracia czarista e com a participação do país na Primeira Guerra Mundial. Ela levou a transferência de poder do Czar para um regime republicano e democrático, surgido da aliança entre liberais e socialistas que pretendiam conduzir reformas políticas.



A Revoluçao de Outubro de 1917




A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como Revolução Bolchevique ou Revolução Vermelha, foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917, depois da Revolução de Fevereiro do mesmo ano. Começou com o golpe de estado, liderado por Vladimir Lenin e pelos bolcheviques, contra o governo provisório, em 25 de outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de novembro pelo calendário gregoriano. Foi a primeira revolução comunista marxista do Século XX e deu o poder aos bolcheviques.








A Revolução Russa !

Finalmente, o desempenho desastroso das forças armadas russas na guerra russo-japonesa (1904 - 1905) intensificou essas contradições e precipitou os acontecimentos, sendo essa derrota considerada como causa imediata da Revolução de 1905.

O domingo sangrento


Manifestantes marchando em direção ao Palácio de Inverno
O massacre do Domingo Sangrento em São PetersburgoNo domingo do dia 22 de Janeiro de 1905 (9 de janeiro, segundo o calendário juliano, vigente no país, à época), foi organizada uma manifestação pacífica e em marcha lenta, liderada pelo padre ortodoxo e membro da Okhrana, Gregori Gapone, com destino ao Palácio de Inverno do czar Nicolau II, em São Petersburgo, com o objetivo de entregar uma petição, assinada por cerca de 135 mil trabalhadores, reivindicando direitos ao povo, como reforma agrária, tolerância religiosa, fim da censura e a presença de representantes do povo no governo. Segundo algumas fontes, durante a caminhada, eram cantadas músicas religiosas, e também a canção nacional “Deus Salve o Czar”.

Sergei Alexandrovitch, grão-duque, ordenou à guarda do czar que não permitisse que povo se aproximasse do palácio e que dispersasse a manifestação. Entretanto a massa não recuou. A guarda, então, disparou contra a multidão. A manifestação rapidamente se dispersou, deixando centenas de mortos.A população indignou-se com a atitude do czar, que, até então, era bem visto por seus súditos. O episódio ficou conhecido como "Domingo Sangrento" e foi o estopim para o início do movimento revolucionário.



 A revolução russa


Nas primeiras semanas de março de 1917 , eclodiu um movimento revolucionário na cidade de Petrogrado (atualmente São Petersburgo). As tropas do exército aderiram à revolução, e até os setores mais moderados da sociedade russa abandonaram o czar.Nessa ocasião, reorganizaram-se os sovietes, conselhos de operários e soldados, surgidos no movimento de 1905.

Politica

Já antes de 1905, o Império Russo passava por uma grave crise política. Desde a emancipação dos servos (1861), o país vivia uma rápida transição do feudalismo para o capitalismo. Os servos haviam sido libertos e passaram a ter o direito de comprar as terras onde trabalhavam. Entretanto, o ressarcimento devido aos seus senhores, como compensação dos direitos recém-adquiridos, levaram-nos, na prática, a permanecer na mesma situação de miséria.A construção da Ferrovia Transiberiana e as mudanças econômicas levadas adiante por Sergei Witte atraíram o capital estrangeiro e estimularam uma rápida industrialização nas regiões de Moscou, São Petersburgo, Baku, bem como na Ucrânia, suscitando a formação de um operariado urbano e o crescimento da classe média. Essas classes eram favoráveis a reformas democráticas no sistema político. Entretanto, a nobreza feudal e o próprio czar procuraram manter o absolutismo russo e sua autocracia intactos a qualquer custo.

Os vários grupos sociais descontentes com a situação da Rússia se mobilizaram para protestar. Cada grupo tinha seus próprios objetivos, e mesmo dentro de uma mesma classe social, não havia direção geral. Os principais grupos descontentes eram os camponeses, por motivos econômicos; os trabalhadores urbanos, também por motivos econômicos e contra a desigualdade; os intelectuais e liberais, que reivindicavam direitos civis; as forças armadas (economia) e as nacionalidades minoritárias, que reivindicavam liberdade cultural e política.

As atividades variaram desde ocupações de terra, algumas vezes seguidas de violência e incêndio, pilhagem das grandes propriedades e caça e desmatamento em áreas proibidas. Na região de Samara os camponeses criaram sua própria república, que foi sufocada por tropas do governo. O nível de animosidade de cada região era diretamente proporcional às condições dos camponeses. Os sem-terra de Livland e Kurland atacaram e queimaram, enquanto outros, que viviam nas de Grodno, Kovno e Minsk, com melhores condições de vida, foram menos violentos. No total, 3.228 distúrbios necessitaram de intervenção militar para restaurar a ordem, e os proprietários sofreram prejuízos de aproximadamente 29 milhões O movimento nos campos

Os distúrbios se estenderam por todo o ano, atingindo picos de agitação no início do verão e no outono, culminando em novembro. Arrendatários queriam aluguéis mais baixos; trabalhadores contratados exigiam melhores salários; pequenos proprietários queriam mais terras.

As atividades variaram desde ocupações de terra, algumas vezes seguidas de violência e incêndio, pilhagem das grandes propriedades e caça e desmatamento em áreas proibidas. Na região de Samara os camponeses criaram sua própria república, que foi sufocada por tropas do governo. O nível de animosidade de cada região era diretamente proporcional às condições dos camponeses. Os sem-terra de Livland e Kurland atacaram e queimaram, enquanto outros, que viviam nas de Grodno, Kovno e Minsk, com melhores condições de vida, foram menos violentos. No total, 3.228 distúrbios necessitaram de intervenção militar para restaurar a ordem, e os proprietários sofreram prejuízos de aproximadamente 29 milhões de rublos.

O movimento nas cidades

Os trabalhadores urbanos usaram a greve como instrumento de luta. Houve imensas greves em São Petersburgo, imediatamente após o Domingo Sangrento. Mais de 400.000 trabalhadores estavam parados ao final de janeiro.A ação rapidamente se alastrou para outros centros industriais na Polônia, Finlândia e na costa báltica. Em Riga 80 militantes foram mortos em 13 de janeiro e, alguns dias depois, em Varsóvia, 100 grevistas foram alvejados nas ruas. Em fevereiro havia greves no Cáucaso e, em abril, nos Urais e mesmo além. Em março todas as instituições acadêmicas foram obrigadas a fechar as portas pelo resto do ano, fazendo com que muitos estudantes radicais se juntassem aos trabalhadores grevistas. Uma greve dos ferroviários, no dia 8 de outubro, rapidamente se transformou em greve geral, em São Petersburgo e em Moscou.

Portugal Salazarista


No início do século XX, Portugal sofreu uma reforma política que instituiu um governo de caráter republicano. A nova forma de organização do cenário político não foi capaz de resistir a todos os problemas sofridos no continente europeu com a Primeira Guerra e a crise de 1929. A situação calamitosa da população trabalhadora acabou instaurando um cenário politicamente instável aproveitado pelos militares, que realizaram um golpe de Estado em 1926. Inspirado em idéias de extrema direita, o governo ditatorial impunha suas ações e realizava franca oposição os movimentos socialista e comunista do país. Esse processo de cisão política alcançou seu auge quando o general Antonio Carmona assumiu o poder do governo lusitano. Fortemente influenciado pelo ideário nazi-fascista, elaborou a constituição de um Estado forte aclamado pelas elites nacionais. Ao ocupar o cargo de primeiro-ministro em Portugal, Carmona convocou Antônio de Oliveira Salazar para que ocupasse a pasta do Ministério da Fazenda. Durante o tempo em que ocupou a função, Salazar promoveu um conjunto de ações econômicas que favorecia diretamente a grande burguesia lusitana. O apoio concedido a esse setor acabou por conduzi-lo ao governo português em 1932. Na condição de chefe de governo, Antonio Salazar impôs uma nova carta constitucional com traços explicitamente inspirados nos ditames do fascismo italiano. O novo documento estabeleceu a censura dos meios de comunicação, a proibição dos movimentos grevistas e a criação de um sistema político unipartidário. A partir de então, se instalava uma das mais duradouras ditaduras criadas na Europa. Somente com a morte de Salazar, acontecida em 1970, um movimento revolucionário de caráter liberal tomou conta do cenário português. Em 1974, o movimento de transformação política atingiu seu auge com a deflagração da chamada Revolução dos Cravos. Somente após esse episódio, Portugal conseguiu dar fim a um dos mais trágicos momentos de sua história.

A Espanha franquista


O franquismo foi um regime de ditadores fascistas que surgiu na Espanha depois do término da guerra civil. O franquismo foi comandado pelo general Francisco Franco que teve seu nome associado ao período. O franquismo atravessou décadas. Nos primeiros anos, esse regime findou a repressão brutal contra adversários e praticou uma política econômica que tinha poder sobre si mesmo, e isso fez com que o desenvolvimento do país parasse. As bases do franquismo foram definidas pelo catolicismo e pelo anticomunismo. Eram impostos à sociedade por meios bastante violentos que erradicava a tradição e a cultura dos liberais. Era apoiado pela Igreja Católica e pelo Exército e exercia os poderes Executivo, Legislativo e controlava o Judiciário. Para alguns o franquismo é considerado como democracia, mas comparado à democracias parlamentaristas pode ser definido somente como um período de ditadura. Após a morte de Francisco Franco, o rei Juan Carlos I assumiu o trono da Espanha e redemocratizou o país findando assim o período franquista.
Ainda hoje há pessoas que lutam pelo franquismo na Espanha.

Os princípios facistas





- Culto ao chefe e obediência cega ao líder
- Totalitarismo
- Exaltação da coletividade nacional
-Nacionalismo
- Soberania absoluta do Estado
- Autoritarismo
-Exaltação da guerra como uma força purificadora e revigoradora para um povo alcançar o poder
- Militarismo
- Monopólio da representação política por um único partido de massas
- Unipartidarismo.
- Desprezo ao individualismo liberal
- Voluntarismo
- Valorização da fé mistica, do herói que morre pela pátria
- Corpoorativismo

O Facismo italiano (Mussolini)


Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), a Itália foi ignorada nos tratados que selaram o conflito. O desgaste social e econômico mal recompensado mobilizou diferentes grupos políticos engajados na resolução dos problemas da nação italiana. No ano de 1920, uma greve geral de mais de dois milhões de trabalhadores demonstrava a situação caótica vivida no país. No campo, os grupos camponeses sulistas exigiam a realização de uma reforma agrária. A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos setores médios, da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionária em solo italiano refletiu-se na ascensão dos partidos socialista e comunista. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidárias. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas profundas deviam ser estimuladas. O processo de divisão ideológica das esquerdas acontecia enquanto os setores conservadores e da alta burguesia pleitearam apoio ao Partido Nacional Fascista. Os fascistas liderados por Benito Mussolini louvavam uma ação de combate contra os focos de articulação comunista e socialista. Desse modo, o “fasci di combattimento” (fascismo de combatimento) passou a atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda italiana. Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do movimento se deu quando, em 27 de outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo. Inserido nas esferas de poder político central, os fascistas teriam a oportunidade de impor seu projeto político autoritário e centralizador. Já nas eleições de 1924, os representantes políticos fascistas ganharam a maioria no parlamento. Os socialistas, inconformados com as fraudes do processo eleitoral, denunciaram a estratégia antidemocrática fascista. Em resposta, o socialista Giacomo Matteotti foi brutalmente assassinado por partidários fascistas. Mussolini já tomava ações no sentido de minar as instituições representativas. O poder legislativo foi completamente enfraquecido e o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que declarava as intenções da nova facção instalada no poder. Explicitando os princípios fascistas, o documento defendia um Estado corporativo onde a liderança soberana de Mussolini resolveria os problemas da Itália. No ano de 1926, um atentado sofrido por Mussolini foi a brecha utilizada para a fortificação do estado fascista. Os órgãos de imprensa foram fechados, os partidos políticos (exceto o fascista) foram colocados na ilegalidade, os camisas negras incorporaram as forças de repressão oficial e a pena de morte foi legalizada. O Estado fascista, contando com tantos poderes, aniquilou grande parte das vias de oposição política. Entre os anos de 1927 e 1934, milhares de civis foram mortos, presos ou deportados. O apelo aos jovens e à família instigou grande apoio popular ao regime do “Duce”. Em 1929, os acordos firmados com a Igreja no Tratado de Latrão aproximaram a população católica italiana ao regime totalitário. Ao mesmo tempo, o crescimento demográfico e o incentivo às obras públicas começaram a reverter os sinais da profunda crise que tomava conta da Itália. O setor agrícola e industrial passou a ganhar considerável incremento, interrompendo o processo inflacionário da economia. Com a crise de 1929, a prosperidade econômica vivida nos primeiros anos do regime sofreu uma séria ameaça. Tentando contornar a recessão econômica, o governo de Benito Mussolini passou a entrar na corrida imperialista. No ano de 1935, os exércitos italianos realizaram a ocupação da Etiópia. A pressão das demais potências capitalistas resultaria nas tensões que desaguaram na deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), momento em que Mussolini se aproxima do regime nazista alemão.